terça-feira, 3 de março de 2009

Eu estou fazendo Arte e não Ciência. Para fazer Ciência basta uma boa capacidade de leitura e interpretação, e o mínimo de domínio da escrita. Para fazer arte não, tem que ter sensibilidade e uma boa dose de lirismo correndo nas veias. A Ciência é do domínio do conhecer, do fazer. A arte é da natureza do sentir, do ser.
A ciência surge de fora pra dentro, do caos que se instala em busca de uma possibilidade harmonização. Na mão dos cientistas, que não usam branco, mas dirigem carros com câmbio automático, dissemina-se o famigerado conhecimento, que quando muito ousado, consegue ultrapassar os muros da academia. A Ciência é daqueles que sustentam o capital, a exclusão e a guerra.
E do sangue dos mortos do holocausto se pinta a arte. Se não nas mãos do pintor, na ponta do lápis do poeta, se expressam os desajustados sentimentos. Da sublimação do desconcerto, do extravasar subjetivo ou simplesmente na visão sutil da beleza que reside na miséria, nasce o desconhecido, o inominável. A arte que faz o peito doer de fala de ar, arte da burguesia. Arte bruta, dos loucos.
Usurpando e adaptando as palavras de Jabor. Ciência é prosa (conversa fiada, no sentido mais chulo da palavra). Arte é poesia. E arte da ousadia é fazer arte consciência.




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