quinta-feira, 7 de maio de 2009

Fragmentos de uma carta de amor...

"E o que é o amor senão um sofrimento em potencial. E tão cedo se faz para falar nesses termos, mas não tenho dúvida que destes fragmentos que estamos juntando se constituirá algo sólido e bonito, que outrora poderemos chamar de amor. Pois bem, se o medo assombra a ti, que seja pela intensidade e pelas proporções que esse sentimento tem tomado, ou que seja mesmo pelas lembranças, que vira e mexa lhe roubam o sono, posso dizer também que tenho medo. É diferente é claro e eu tenho a obrigação de ser honesto com você e te dizer que o meu medo é de mais uma vez ser o algoz de uma alma pura que procura amor em um coração ressacado de tanto sangrar. Mas se de tudo não conseguirmos ser felizes para sempre como nos contos de fada, que sejamos felizes agora, enquanto a saudade acossa delicadamente e os corpos pedem pra morar um no outro. E se as incompatibilidades se mostrarem inconciliáveis ( ou o medo se mostrar mais forte), e por ventura tenhamos que nos separar, pode ter certeza que seremos capazes de suportar mais esse tombo, E quando a feridade fechar, que você possa olhar para aquela bela cicatriz e lembrar do meu sorriso maroto, dos meus pés quentinhos e do meu abraço sincero."

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