sexta-feira, 5 de junho de 2009

Com olhar profundo ela te hipnotiza. E o perfume é pra te envenenar. O calor do teu corpo te deixa estático. Com uma das mãos ela te toca suavemente o pescoço e com a outra te impetra vorazmente uma agulha no peito. O coração sangra, mas as lágrimas já secaram. Ao som de uma harpa perfeitamente harmônica, bem ao longe, você vê cada gota do seu sangue tocar o chão, manchar a roupa, os sapatos e o canto da boca. E junto com ele, os sonhos, os planos, as promessas, tudo escorrendo em um ritmo de um ponteiro que marca as horas.
E a morte insiste em não chegar, como se te provasse até mesmo ser indigno para adentrar ao inferno. E ela alí, te olhando hedonisticamente, degustando cada momento daquele ritual tribalista. Mas uma lágrima desprevinida escorre, e ela se descubre agindo por vias de não ter outra saída, pois o amor era um caminho sem volta...

Para sempre, o Soldado Errante.

Um comentário:

Gisele Cristina Voss disse...

parece como um caminho que já nem se acha, em meio ao rio de sangue q já fez surgir...

bela e triste imagem